Li o 2º livro mais famoso da Agatha Christie | Resenha de "Assassinato no Expresso do Oriente"
- Kezia Garcia
- 15 de set.
- 3 min de leitura
“Assassinato no Expresso do Oriente” é um dos livros mais famosos da Agatha Christie, considerada a Rainha do Crime. Assim que finalizei essa leitura, percebi que precisava compartilhar minhas impressões, pontos fortes e também o que me incomodou na obra.
Neste post, você vai encontrar:
Um resumo da história (sem spoilers).
Curiosidades reais que aparecem no livro.
Minha opinião sincera sobre a trama e o estilo da autora.
O que me fez amar a leitura e o que me deixou frustrada.
Resumo da história
A trama começa quando Hercule Poirot, famoso detetive belga, está de viagem pela Síria e recebe um telegrama solicitando que volte a Londres. Para isso, ele precisa embarcar no lendário Expresso do Oriente, um trem luxuoso que conecta a Europa.
Coincidentemente, o trem, que nessa época do ano costumava estar vazio, está lotado. Poirot só consegue embarcar porque um amigo influente mexe os pauzinhos para garantir seu bilhete.
Durante a viagem, um passageiro misterioso chama a atenção de todos. Antipático e cercado de desconfianças, ele chega a querer contratar Poirot como proteção, mas o detetive recusa o trabalho. Pouco tempo depois, esse homem é encontrado assassinado dentro do trem.
Por causa de uma nevasca, os passageiros ficam isolados, sem comunicação com o mundo exterior. Ou seja: o assassino só pode estar entre eles. A partir daí, acompanhamos Poirot em uma investigação cheia de pistas contraditórias, mentiras e revelações inesperadas.
Curiosidades sobre o livro
📌 Um detalhe interessante é que o hotel citado no início da trama realmente existiu. Agatha Christie chegou a se hospedar nele, e hoje ele é conhecido como Pera Palace Hotel, em Istambul.
📌 Esse mesmo hotel inspirou a série turca Pera Palace disponível na Netflix, que mistura mistério e elementos históricos.
Ou seja, a própria vida da autora acabou se entrelaçando com a história que ela criou.
O que gostei na leitura
Depois de meses sem conseguir me prender a nenhum livro, esse título da Agatha me fisgou imediatamente. A narrativa é fluida, rápida e envolvente, daquele tipo que você devora em poucas horas.
Além disso, é um romance policial clássico, com todos os elementos que fazem os fãs do gênero se apaixonarem:
Cenário fechado (o trem preso pela neve).
Conjunto de suspeitos variados.
Investigação detalhada conduzida por Poirot.
Um desfecho surpreendente.
Foi uma leitura prazerosa e me lembrou por que gosto tanto dos livros da autora.
O que me incomodou na história
Apesar da experiência positiva, precisei destacar dois pontos que me incomodaram bastante:
1. O jeito de Poirot resolver os casos
Muitas vezes, o detetive parece mais um adivinho do que um investigador lógico. Em vários momentos, ele simplesmente “conjectura” fatos sem nenhuma pista concreta, e ainda assim está certo.
Como escritora de mistério, valorizo o raciocínio lógico, baseado em detalhes e pistas sutis, e senti falta disso neste livro em específico.
2. O final do livro
Sem dar spoilers: os três últimos parágrafos me decepcionaram. A obra adota uma resolução que, para mim, entra em conflito com meus valores pessoais. Acho que a justificativa moral apresentada não torna a ação correta.
Foi uma escolha narrativa que não consegui engolir, então decidi “ignorar” mentalmente esse desfecho para não estragar a experiência geral da leitura.
Vale a pena ler "Assassinato no Expresso do Oriente"?
Com certeza. Apesar das minhas ressalvas, é um livro curto, envolvente e com uma trama marcante. A escrita de Agatha Christie continua atual e prazerosa, mesmo tantas décadas depois da publicação.
Além disso, esse foi só mais um passo no meu projeto pessoal de ler todos os livros da autora — incluindo até os romances românticos que ela publicou sob pseudônimo.
Se você gosta de histórias de mistério, cenários fechados e reviravoltas, essa é uma leitura essencial.
Conclusão
“Assassinato no Expresso do Oriente” é um clássico do gênero policial. Ele mostra por que Agatha Christie conquistou gerações de leitores, mas também abre espaço para debates sobre narrativa, lógica investigativa e moralidade.
E você? Já leu esse livro ou assistiu alguma adaptação dele?
👉 Deixe um comentário com a palavra “trem” se chegou até o final deste post!





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